
Xangô era forte, valente, destemido e justo. Era temido e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer o seu desejo.
Xangô era atrevido e violento, porém muito justiceiro, sempre castigando os ladrões e malfeitores. Por isso se diz que quem teve morte por raio, ou a casa, ou negócios queimado por fogo, foi vítima da ira, ou cólera de Xangô.
Para o contexto umbandista Xangô mora no alto de uma pedreira e carrega o livro sagrado ( as escrituras) e as setes chaves da sabedoria, ele controla todas as forças naturais por intermédio dos astros. È conchecido como o rei dos astros. Vive no seu castelo além do seu criado Oxumaré ( quando o arco-íris aparece, significa que Oxumaré veio a terra e está levando água ao reino de Xangô), tem como servos Biri ( As trevas) e Afefe ( o vento).
Xangô detém um profundo conhecimento e ligação com as árvores, de onde provém muito dos seus obejtos de culto, como a gamela e o pilão.
Foi casado com Yansã, Oxum e Obá. Diz a tradição de lendas que Xangô tem medo da morte, pelo fato de abandonar a cabeça( Ori) de seus filhos de santo. Orixá poderoso que não teme nada, não suportando o frio que emana de um corpo sem vida.
Diz a lenda também que Xangô e Iansã detém ao mesmo tempo o poder do fogo. Vivia Xangô no reino de Oió e ouviu dizer de um certo mago que vivia em um reino distante que tinha um poção capaz de fazer com aquele que tomasse, pudesse cuspir fogo e ter controle sobre raios e tempestades. Xangô muito ocupado, manda Iansã até o reino vizinho para pegar a poção. Lá chegando Iansã pega a tal poção e é avisada pelo mago que não tomasse tal composto. No caminho Iansã sente uma sede muito grande e não resistindo toma parte da poção. Chegando ao reino de Oió , é perguntada por Xangô sobre o sucesso da viagem. Sem esperar, no ato da resposta Iansã responde com labaredas de fogo saindo pela sua baca. Xangô irado manda Iansã embora, mas sabendo que apartir daquele dia teria Iansã como companheira dos raios e trovões.
Sincretismo:
Xangô é São João Batista, (Xangô-menino, Alafim), comemorado no dia 24 de junho;
Xangô é São Pedro, ( Agodô), comemorado no dia 29 de junho;
Xangê é São Gerônimo (Ka-Ô), comemorado no dia 30 de setembro - o mais conhecido
Xangô é São José (Agunjá), comemorado no dia 19 de março
Maria Betânia - Xangô